quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bebê que morreu em São Paulo ficou meia hora recebendo leite materno na veia

Nilton Norio Shibaki, diretor do Hospital Municipal Maternidade Professor Mario Degni, onde morreu o bebê Kauê Abreu dos Santos, prestou depoimento nesta quarta-feira (9) no 51º DP (Butantã). O recém-nascido morreu na madrugada de segunda-feira (7) após receber 10 ml de leite materno na veia por engano.
Em depoimento à delegada Nayara Caetano Borlina Duque, Shibaki disse que foi informado da morte de Kauê às 8h30 de segunda-feira (o bebê morreu às 7h25).
No depoimento, Shibaki disse que Kauê ficou recebendo leite na veia por meia hora, mas que o problema só foi detectado quando o bebê começou a passar mal (e os aparelhos começaram a apitar). “Por volta de 0h, foi administrado o leite materno a Kauê, pela auxiliar de enfermagem Maria Neuza Nery Leão, e por volta de 0h30 Kauê apresentou baixa oxigenação. Nesse momento, outra funcionária identificou a troca da via de administração, ou seja, o equipamento de leite materno estava conectado ao sistema venoso”, diz o depoimento.
Shibaki então informou que a troca dos conectores foi corrigida e que a equipe médica começou a trabalhar imediatamente para uma melhora do quadro do bebê. Por volta das 3h30, porém, Kauê apresentou um “novo desconforto respiratório e sinais de choque com piora progressiva e resposta insatisfatória às manobras de suporte”, sendo constatada a morte às 7h25.
Kauê tinha 13 dias de vida quando morreu na manhã de segunda-feira (7) no Hospital Municipal e Maternidade Professor Mario Degni, no Rio Pequeno (zona oeste de SP).
Segundo informações do jornal "Folha de S.Paulo", a mãe da criança, Jovenita de Abreu, 32, ia todos os dias ao hospital para retirar o leite e deixar o material para que o bebê fosse alimentado por uma sonda no nariz. A mãe diz que, no dia da morte, duas médicas e um médico disseram que ele havia morrido devido a uma hemorragia.

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