Foto: Agência Brasil
Após
o anúncio do aumento no preço dos combustíveis, do pacote de ajuste
fiscal e da sucessão de denúncias envolvendo a Petrobras, o Palácio do
Planalto já esperava que a popularidade da presidente Dilma Rousseff
fosse cair. A dimensão da queda, porém, surpreendeu até os auxiliares
mais pessimistas. A queda de 19 pontos na avaliação positiva do governo,
alcançando 23%, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (7), é
reconhecida como "muito ruim". Para revertê-la, a aposta é criar uma
agenda positiva o quanto antes. No curto prazo, a ideia é explorar os
programas sociais voltados para a classe média, com os lançamentos do
Mais Especialidades e da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida. Para o
líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o governo precisa deixar
claro que não será o trabalhador quem vai pagar a conta do ajuste
fiscal. Para ele, parte da queda de popularidade da presidente pode ser
atribuída à mobilização das centrais sindicais contra as mudanças no
seguro-desemprego, o que teria gerado descontentamento quem costuma
apoiar o PT. Entre os oposicionistas, foi consenso creditar a queda no
índice de aprovação de Dilma ao que se tem chamado de "estelionato
eleitoral". "A presidente colhe hoje os resultados das mentiras
sucessivas que lançou ao País e que conduziram a sua campanha eleitoral.
O Brasil real aflora a cada dia e não há marketing ou propaganda capaz
de esconder a grave realidade enfrentada pelos brasileiros", disse em
nota o presidente do PSDB e candidato derrotado ao Planalto, senador
Aécio Neves (MG). "Isso é decorrência do estelionato eleitoral. As
pessoas se sentem ludibriadas", afirmou o presidente do DEM, senador
Agripino Maia (RN).
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