Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O governo federal anunciou mudanças no Minha Casa Minha Vida nesta
quinta-feira (10), incluindo uma nova faixa de renda para adesão ao
programa, aumento das taxas de juros e a elevação do valor dos imóveis
que podem ser financiados. Segundo informações da Agência Brasil, a
presidente Dilma Rousseff apresentou a proposta a representantes de
movimentos sociais ligados à questão de habitação e empresários da
construção civil, em reuniões no Palácio do Planalto. Apesar da
expectativa de que a terceira etapa do programa fosse lançada nesta
quinta-feira (10), com previsão de contratar mais 3 milhões de unidades
até 2018, o Minha Casa Minha Vida 3 só pode ser lançado após a aprovação
do Orçamento de 2016. O limite de renda da primeira faixa do programa,
que não tem juros e tem maior subsídio, ampliou de R$ 1,6 mil para R$
1,8 mil por família. O novo grupo de renda intermediário, chamado de
Faixa 1,5, vai atender a famílias com renda de até R$ 2.350 mensais, com
subsídio de até R$ 45 mil. As taxas de juros das faixas 2 e 3, que
variavam de 5% a 7,16% ao ano, passaram para 6% a 8%. Para a nova faixa,
os juros são de 5% ao ano. Também foram alterados os limites das
parcelas: antes, somente 5% do salário dos beneficiários podia ser
comprometido com a parcela. Com a mudança, as famílias de renda mínima,
de R$ 800 mensais, podem usar 10% do que recebem ao pagamento da
prestação, podendo chegar a 20%, dependendo da faixa. As unidades
habitacionais também passam por melhorias, como o acréscimo de 2 metros
quadrados (m²) nas plantas (passando para 41,6 m² para casas e 47,5 m²
para apartamentos), além de maior espessura de paredes e lajes e medidas
de redução de consumo de água e energia, como aerador de torneira e
sensor de presença de iluminação nas áreas comuns.
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