Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
A presidente Dilma Rousseff reúne-se, neste domingo (17), às 18h,
com os ministros que compõem a junta orçamentária - Joaquim Levy
(Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa
Civil) - para discutir o tamanho do corte no orçamento de 2015. O
contingenciamento, que segundo fontes pode atingir até R$ 78 bilhões,
incidirá sobre investimentos e não deve poupar nem mesmo programas
prioritários, como o Minha Casa Minha Vida. O setor público tem neste
ano uma meta fiscal de R$ 66,3 bilhões, que é a economia que deve ser
feita para pagamento de juros da dívida. Para cumprir essa meta, o
Ministério da Fazenda defende um controle maior dos gastos neste ano. Os
ministérios já fizeram um levantamento prévio dos projetos e áreas que
poderão ser objeto de corte orçamentário, mas o número proposto pela
Fazenda é muito mais "forte", segundo contou ao Broadcast, serviço de
notícias em tempo real da Agência Estado, uma fonte do governo. Se a
Fazenda sair vitoriosa nesse embate, o temor é de que muitos projetos em
andamento sejam paralisados. No sábado (16), em visita a Florianópolis,
o ministro Levy admitiu que as mudanças feitas pela Câmara nas medidas
de ajuste fiscal, que acabaram reduzindo a economia projetada pela
equipe econômica, pode fazer com o que o governo realize um
contingenciamento maior do que o inicialmente previsto. "Isso pode nos
levar a ter que reduzir as despesas ainda mais", disse em entrevista na
passagem por Santa Catarina. A reunião deste domingo, no Palácio da
Alvorada, não tem hora para acabar, segundo disse o próprio ministro
Levy. Ainda em Florianópolis, ele voltou a dizer que o principal
objetivo é levar as despesas discricionárias para o nível de 2013. "(O
ano de) 2014 foi um pouco além do que podemos sustentar", disse ontem. O
governo tem o prazo até a próxima sexta-feira (22) para divulgar o
tamanho do corte orçamentário.
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