sábado, 26 de outubro de 2013

300 prefeituras baianas paralisam atividades por queda nas receitas

Diante do cenário de arrocho financeiro das administrações municipais, com a queda nos repasses federais, os prefeitos decidiram paralisar as atividades hoje como forma de pressionar o governo federal e o Congresso Nacional a apresentarem uma solução imediata para os municípios. Na Bahia, mais de 300 prefeituras confirmaram que vão fechar as portas nesta sexta-feira. Os gestores querem chamar a atenção para a revisão do Pacto Federativo, devido à diminuição das receitas ao longo dos últimos anos. A mobilização é incentivada pela União dos Municípios da Bahia (UPB) e a Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc). “Vamos fechar as prefeituras, mas com responsabilidade, conservando os serviços para a população nas áreas de saúde e educação. Escolas e unidades de saúde não vão fechar”, avisa o vice-presidente da UPB e prefeito de Rui Barbosa, José Bonifácio (PT). Segundo ele, os prefeitos querem mostrar que faltam recursos, além disso, precisam forçar o Congresso a votar demandas municipalistas, como a PEC 39. “Sou prefeito reeleito e mesmo na crise mundial de 2009 e 2012 nunca vi um momento tão ruim como esse”, desabafou. Bonifácio enfatiza que há um movimento nacional que envolve, principalmente, os municípios pequenos, cerca de 80%. Ajustar o índice de pessoal com a Lei de Responsabilidade Fiscal tem sido um desafio, conforme o prefeito. “Todo ano, no mês de janeiro, aumenta-se o salário mínimo e automaticamente isso atinge o limite de pessoal”, diz, admitindo que a maioria dos prefeitos esteja demitindo funcionários. O custeio dos programas federais e estaduais está entre as queixas dos prefeitos.

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