terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Juíza agredida por promotor obtém proteção do TJ-BA

MÁRIO BITTENCOURT
A juíza Nêmora de Lima Janssem dos Santos, 35, titular de Caravelas (a 847 km de Salvador) conseguiu ontem a proteção pessoal solicitada ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador, onde conversou com o presidente do TJ, desembargador Mário Alberto Simões Hirs, e outros juízes. Agora, homens da Guarda Militar do TJ-BA farão a segurança da magistrada.  Ontem, o TJ também designou o juiz Ricardo Shimith, assessor especial da presidência, para acompanhar o caso de perto.
Na última quinta-feira, segundo boletim de ocorrência registrada na Delegacia Especial de Proteção ao Turista (Deltur), em Porto Seguro, ela foi agredida com socos e pontapés pelo promotor público estadual Dioneles Leone Santana Filho.
A agressão, conforme o boletim, ocorreu no camarote de uma festa privada de Carnaval prolongado e também atingiu o namorado da juíza, o advogado Leonardo Wishart, 27. “Já fiz o pedido por telefone e hoje vou formalizá-lo”, disse a magistrada, por telefone, antes de se dirigir ao tribunal.  Sobre a agressão, preferiu não entrar em detalhes, dizendo apenas que ainda está abalada e não sabe o motivo. “Isso é ele quem tem que dizer”, finalizou.  
Investigação - A Procuradoria Geral do MP-BA designou quatro promotores para investigar o caso, os quais estão sob o comando do promotor Valmiro Macedo, segundo o qual o prazo para conclusão é de 90 dias. Ontem mesmo, já foram ouvidos a juíza e o advogado  Leonardo Wishart, mas o conteúdo dos depoimentos não foi revelado. “Vamos entrar em contato com o promotor  para saber data e hora que ele quer ser ouvido, pois é assim que determina a lei. Depois vamos  saber se existem testemunhas e obter os laudos do exame de corpo de delito. Só depois disso, tiraremos as conclusões”, disse Macedo.

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