Comerciantes, estudantes, servidores públicos e comerciários fizeram uma manifestação na manhã desta sexta pedindo o fim dos conflitos entre índios e fazendeiros em Itaju do Colônia. O clima é tenso no município desde o início do ano.
Segundo a polícia, os índios pataxós hã-hã-hãe já ocuparam 48 fazendas, sendo 45 em Itaju, 23 delas somente nos últimos dias. Há informações de que, tanto os índios como os seguranças das fazendas, possuem armas de grosso calibre.
Na quinta, o Comando Regional da Polícia Militar no sul da Bahia enviou homens para reforçar a segurança em Itaju do Colônia. Já a Polícia Federal mandou equipes para as áreas de conflito para fazer um mapeamento.
Segundo os índios, o objetivo é pressionar o Supremo Tribunal Federal a julgar ação civil ordinária que tramita em Brasília há 30 anos, proposta pela Funai, Fundação Nacional do Índio, para anular títulos de posse dados aos fazendeiros.
Eles foram dados pelo governo baiano nas décadas de 60 e 70, durante as gestões de Antonio Carlos Magalhães.
O assassinato do índio identificado como José Muniz de Andrade, de 40 anos, foi negado pelo Conselho Indigenista Missionário. O homem passou mal e acabou morrendo na região das Alegrias, uma das áreas de conflito.
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