Porto de Mariel em Cuba / Foto: Reuters
Após ter suspensa uma decisão judicial em 1ª instância que obriga o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a dar
publicidade aos documentos que envolvem o Porto de Mariel, em Cuba, o
Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que torne públicos
documentos referentes a seus financiamentos externos. De acordo com o
MPF, o ministério tem até um mês para indicar como atenderá à
recomendação. Caso isso não for feito, o órgão pode entrar com uma nova
ação na Justiça para pedir o cumprimento do pedido. "Na esfera pública, a
publicidade e a transparência devem ser a regra; o sigilo, a exceção",
explica o procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, em
entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo. Em 2014, o MPF instaurou uma
investigação para apurar possíveis irregularidades no financiamento do
BNDES, que é subordinado ao MDIC, para a construção de um porto em Cuba.
"Recomenda-se ao MDIC que, em vez de decretar o sigilo integral dos
documentos, promova sua devida publicidade restringindo a publicidade e o
conhecimento público somente das palavras, expressões e símbolos cujo
resguardo seja essencial à proteção da segurança do Estado ou da
sociedade", diz um trecho da recomendação enviada ao ministério. Em
resposta, o MDIC informou nesta segunda que responderá no prazo
determinado à recomendação do Ministério Público Federal.
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