Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Um documento que teria sido elaborado pela Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República (Secom) para analisar a conjuntura do
governo Dilma Rousseff (PT), diante das manifestações de rua do último
domingo (15), conclui que os eleitores petistas estão com "mágoa" da
presidente e por isso deixaram de defendê-la. De acordo com o jornal
Folha de S. Paulo, a análise é de autoria do ministro Thomas Traumann
(Secom) e faz parte do trabalho semanal entregue ao Palácio do Planalto.
O documento é divido em três tópicos: "Onde estamos", "Como chegamos
até aqui" e "Como virar o jogo?". A análise elaborada internamente
aponta que a comunicação do governo, desde o fim das eleições de 2014,
foi "errada e errática", mas que "a crise é maior do que isso". O texto
descreve a atuação dos partidos de oposição, sobretudo, na internet em
comparação ao comportamento da gestão petista. "Hoje são os eleitores de
Dilma e Lula que estão acomodados brigando com o celular na mão,
enquanto a oposição bate panela, distribui mensagens pelo WhatsApp e
veste camisa verde-amarela", diz o texto. Em outro trecho, o ministro
afirma que o escândalo de corrupção na Petrobras, "a crise econômica" e o
"estelionato eleitoral" derrubaram a popularidade da presidente Dilma.
"Se fosse uma partida de futebol estamos entrando em campo perdendo de 8
a 2", conclui. A solução apontada pela análise para aplacar "a crise"
estaria no fortalecimento da comunicação estatal, em mídias tradicionais
e na internet, por meio de posicionamentos da presidente.
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