Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Menos
de 24 horas após aprovar a admissibilidade da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) da Reforma Política, o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já assinou o ato autorizando a
criação da comissão especial que analisará o tema. A expectativa é que a
comissão seja instalada na próxima terça-feira (10). Segundo a
Secretaria-Geral da Mesa Diretora, 34 deputados integrarão o grupo.
Cunha deve pedir que os partidos indiquem até segunda-feira, 11, os
nomes dos parlamentares. Na terça-feira, 3, o novo presidente da Casa
conseguiu vencer a obstrução do PT e acelerou a tramitação do projeto.
De ofício, Cunha tirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a
admissibilidade da PEC elaborada em 2013 por um grupo de trabalho
coordenado pelo ex-deputado petista Cândido Vaccarezza (SP). Há um ano o
PT fazia obstrução à proposta na CCJ, o que inviabilizava o andamento
da PEC na Casa. O peemedebista submeteu a admissibilidade - primeiro
passo regimental que a matéria precisa cumprir no Legislativo - ao
plenário. Sua decisão foi fortemente criticada por petistas, que
rechaçam, por exemplo, o sistema de financiamento proposto na PEC: um
mecanismo pelo qual os partidos decidem se suas campanhas serão
custeadas exclusivamente com recursos públicos, privados ou por uma
solução mista. O PT prega o fim de doações empresariais.
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