O Bahia Dá Sorte,
que faz parte do Grupo Dá Sorte, foi um dos alvos da Operação Trevo,
deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (12). A investigação
apontou que o grupo Shock Machine, com ramificação em Pernambuco, era
responsável por montar e distribuir máquinas caça-níveis com placas de
memória e softwares de jogos de azar adulterados, além de que todos os
componentes eram provenientes da China, burlando a fiscalização da
Receita Federal e configurando o crime de sonegação fiscal. Outra
organização criminosa, segundo a PF, é a mais complexa e sofisticada e
seria comandada pela família Pascoal, responsável pelas empresas do
Grupo da Sorte, que se estende em nove estados brasileiros, como
Pernambuco da Sorte (PE), Goiás da Sorte (GO), Carimbó da Sorte (PA),
Alagoas da Sorte (AL), Piauí Cap (PI) e Capixaba Cap (ES), entre outros.
Pela lei, quem compra esses títulos tem a expectativa de receber um
prêmio e o direito de reaver até 50% do dinheiro investido após um
determinado período, exceto quando autoriza que o percentual seja
revertidos a instituições filantrópicas, como uma Oscip. No entanto, o
esquema repassava só 1,67% aos institutos filantrópicos. “No caso do
Grupo da Sorte, quando o cidadão adquiria o título, já constava de forma
expressa na cartela que ele estava doando o valor a que ele tem direito
ao Instituto Ativa Brasil. Mas esta instituição é administrada por
funcionários do próprio Grupo da Sorte e serve exclusivamente para
desviar dinheiro do povo para o patrimônio dos empresários ligados ao
Grupo da Sorte”, explicou o Bernardo Torres, delegado federal de combate
ao crime organizado. Nos últimos quatro anos, explicou a
superintendência regional da PF em Pernambuco, o esquema fraudulento
movimentou cerca de R$ 1 bilhão.
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