segunda-feira, 30 de junho de 2014

Médico vai responder por morte de bebê

Luiz-Leite
Médico vai responder por morte de bebê na Maternidade Esther Gomes, em Itabuna. 
Luiz Carlos Leite de Souza foi denunciado por crime culposo e o processo será julgado na 1ª Vara Crime de Itabuna.
Na ação, o Ministério Público estadual diz que no dia 26 de agosto de 2013 o médico prestou atendimento à parturiente ABS, levando o recém-nascido Paulo Emanoel Santana Leão à morte por erro médico. Segundo o inquérito policial 678/2013, a paciente deu entrada por volta das 7h.
A bolsa já estava rompida e ela foi atendida por uma técnica de enfermagem, logo após encaminhada ao médico. Ele fez o toque fetal e constatou que havia sangramento. A gestante optou pelo parto normal e foi levada à sala de preparo, onde ficou tomando soro até 13h45.
A paciente já estava sentido fortes contrações e notava que outras parturientes, que chegaram depois, eram atendidas primeiro. As enfermeiras fizeram novo toque e notaram o sangramento, por isso levaram a gestante para a sala de parto, mesmo com o bebê ainda não encaixado.
Colocada na posição ginecológica, o médico e as enfermeiras começaram o procedimento para expelir a criança, sem êxito. Após um tempo, retomou o procedimento com o médico colocando muita força na barriga da paciente, chegando até a revezar com as enfermeiras.
Luiz Leite, relatou a parturiente, introduziu as duas mãos para puxar o bebê, provocando-lhe fortes dores, e naquele momento ela escutou o médico dizer “acho que quebrou alguma coisa nele”, se referindo à fratura do braço esquerdo, confirmada na investigação.  Paulo Emanoel nasceu por volta das 14h10, pesando 4.405kg, medindo 53 cm, apresentando complicações respiratórias e lesão no braço. No dia seguinte, 27 de agosto, pela manhã, morreu. Segundo os autos, havia fortes indícios de indicação de parto cesáreo.
Para o MPE o médico, por imperícia, não aplicou os protocolos corretos e foi negligente ao não observar o peso do bebê, superior a 4kg. O MP destacou a imprudência em fazer parto vaginal em uma situação que exigia cesária, e fazer parto de alto risco sem um neonatologista.
O médico foi denunciado e pode ter suspensos os direitos políticos durante os efeitos da condenação, perda dos proventos, e o pagamento de indenização à vítima. A primeira audiência de instrução foi no dia 9, com várias testemunhas. As outras serão ouvidas no dia 4 de agosto.

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