
José
Dirceu arranjou um emprego de rei no Hotel Saint Peter, com salário
fora da realidade hoteleira –R$20 mil- e deu publicidade ao feito com
publicidade, em rede de televisão, revelando à sua carteira profissional
assinada, tudo nos conformes, embora jamais se soubesse que ele,
Dirceu, o rei do lobby, tivesse carteira como outro trabalhador
qualquer. A imprensa investigativa entrou em campo e descobriu uma
estranha maracutaia: o sócio do hotel no Brasil fazia-se representar com
uma participação de apenas R$1, exatamente isso, um real, e se tratava
de um irmão presidente do PTN, partido que atua na base de sustentação
da presidente Dilma Rousseff. Já o presidente da organização mora no
Panamar, numa rua modesta onde ele próprio lava seu carro e pouco sabe
do acontecido. Só faltou dizer ao repórter que era melhor tomar
informação no Posto Ypiranga. Na verdade, trata-se de um “laranja”.
Enquanto isso, os advogados do grande Dirceu pediam pressa ao Supremo
para que ele iniciasse o mais rápido possível o seu trabalho. Diante do
revelado, o STF pôs o pé no freio e pediu calma ao santo porque o andor é
de barro. Não vai ter rapidez nenhuma. É preciso esclarecer direitinho
tal maracutaia porque a Justiça não vai cair no conto do vigário. Assim,
Dirceu já vê, ao longe, seu empreguinho milionário graças a mil e uma
safadezas. Melhor ficar quieto na Papuda, porque a “quentinha” melhorou.
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