A rejeição das contas do ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) pela Câmara de
Vereadores era esperada pelo próprio político. Desesperado, Azevedo correu à
cata de votos que pudessem livrar o seu pescoço da degola. Hoje, segundo amigos
próximos, amanheceu deprimido.
O quadro
emocional do ex-prefeito ontem e hoje assemelhava-se ao da derrota eleitoral em
outubro passado, quando ficou vários dias sem pisar no Centro Administrativo
Firmino Alves e resistiu a reconhecer o resultado das urnas publicamente.
Todo esse
quadro tem a ver com 2014. Azevedo almejava (e ainda pensa) disputar uma vaga
legislativa no próximo ano. Pode ser na Assembleia Legislativa, como também na
Câmara dos Deputados.
Fato é
que a derrota sofrida hoje, na Câmara de
Vereadores, pode sepultar os sonhos de Azevedo. Pior que isso,
torna-o inelegível pelos próximos oito anos, de acordo com a Lei Ficha Limpa.
No
máximo, o ex-prefeito pode buscar uma liminar na Justiça que o permita disputar
cargos eletivos, mas bem sabe o desgaste que isso provoca. Mesmo em 2012,
Azevedo disputou o pleito amparado em decisões judiciais que poderiam ser
derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os
vereadores “azevedistas” diziam a todo momento que o julgamento de hoje era
político e não técnico. Era tentativa de dissuadir coleguinhas. Falhou.
Não é fácil
ir para um embate carimbado como inelegível. Fica difícil amealhar votos
e apoios (políticos e financeiros). Agora, é aguardar.
Do lado
do legislativo, tudo foi feito com o máximo cuidado, pelo que disse o
presidente Aldenes Meira, para que não sobrasse brecha ao ex-prefeito para
contestações.
Azevedo,
por sinal, negou-se a apresentar defesa. Foi assim no Tribunal de Contas dos
Municípios, onde conseguiu a façanha de ter todas as prestações de contas
rejeitadas. Assim como ele, apenas Fernando Gomes em Itabuna.
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