O governador Jacques Wagner não gostou da atitude do presidente nacional de seu partido, o PT, que chamou os militantes para "entrar no movimento" de protestos que pipocam em todo o País.
Para Wagner, o PT não pode aderir a um movimento que não tem uma pauta específica de reivindicação. "O PT tem responsabilidade com a nação e é perigoso construir uma idolatria ao movimento".
"É correto o PT não hostilizar nem criminalizar o movimento. Agora, precisa saber como entra. Não pode engrossar uma coisa difusa. Tenho medo dessa glamourização".
Wagner diz que o papel do partido é identificar as demandas e interlocutores do movimento. "Tem que organizar a demanda. Está protestando por quê? Como viabilizar? Se não, vira woodstock".
"Com que objetivo o PT pede para a militância entrar no movimento, é para fazer massa? Estou fora. A gente é presidente, governador, deputado..."
"Quem está na rua não está identificando nos partidos políticos veículo de transformação. E o PT faz parte da política. O PT vai para rua fazer o quê? Só dizer que não está contra?"
O movimento foi pacífico durante a maior parte do tempo mas, em todas as cidades, grupos de vândalos e baderneiros aproveitaram para enfrentar a polícia, destruir lojas e carros, tentar invadir sedes de governo.
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