Mais de dois milhões e quatrocentos mil cidadãos vivem em situação de miséria na Bahia. Famílias que recebem no máximo R$ 70 por pessoa e gastam mensalmente com alimentação, higiene, saúde, educação e moradia sofrem com a falta de recursos para sobreviver com dignidade. Um exemplo dessa realidade é o de Dona Marileide, que mora em Feira de Santana, a 107km de Salvador, que ganha R$ 134 do Bolsa Família para sustentar dois filhos e dois netos. “Tem semana que não tem nada dentro de casa. Aí eu pego fiado no mercadinho e no outro mês eu pago”, relata a dona-de-casa. Dona Maria Francisca, que teve um aneurisma cerebral, também sofre dificuldades para cuidar dos nove filhos, sendo cinco deles portadores de deficiência mental. Apenas um conseguiu se aposentar e recebe R$ 545 por mês, e é com este valor que a família luta para sobreviver. A ajuda de vizinhos também é fundamental para que Dona Francisca e os filhos, que moram no bairro de Vila Nova, em Barreiras, interior da Bahia, não passe fome. “Tem que todo mundo ajudar, dar providência. Um ajudar de um lado, outro de outro”, disse a vizinha Maria Aparecida Oliveira Santos. A Bahia é o estado com a maior quantidade de pessoas vivendo na miséria. O número chega a ser superior ao de regiões inteiras do país. São catorze milhões de habitantes no estado, segundo os dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. A pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostra que desse total, dois milhões e quatrocentos mil baianos vivem na miséria, ganhando até R$ 70 por mês, o que representa 17% da população. |
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Mais de dois milhões de baianos vivem na miséria ganhando até R$ 70
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