Nesta segunda-feira, 31, dezenas de parentes de internos do Conjunto Penal de Itabuna estiveram na porta do Fórum Ruy Barbosa protestando contra a alimentação ruim que está sendo servida na unidade prisional há algum tempo.
Eles também questionam a forma como as compras estão sendo feitas com o dinheiro que os detentos depositam toda semana na CRC do Conjunto Penal. As famílias acusam o diretor do Conjunto Penal, Nivaldo Mascarenhas.
Segundo o grupo, ele faz compras superfaturadas no mercado de um parente de sua esposa. “Uma carteira de cigarros que custa R$ 2, no tal mercado sai por R$ 5; um refrigerante de R$ 2 por lá custa R$ 3,50, R$ 4 e até R$ 5".
Quem conta é uma esposa, completada por outra. "No presídio ainda falta colchões, lençol, água, medicamentos e assistência médica. Nós sabemos que na farmácia tem o medicamento, só não entendemos porque não estão medicando os presos”.
"Meu marido está com problema no braço, sentindo dor, tem platina e não consegue ser atendido por um médico, nem levado ao hospital. As autoridades competentes precisam tomar providências urgentes, o presídio está um caos”.
Esta chamou atenção para a humilhação que passam na hora da revista. “Quem deve ser revistado são os presos antes e depois das visitas, não fazer o que fazem com a gente".
"Até uma senhora com mais de 90 anos eu já vi quando eles ordenaram que se abrisse todinha na frente de um espelho. É muito humilhante, sem falar nos absurdo que ouvimos das agentes”, reclama.
Além das denúncias, tivemos acesso a uma carta dos presos denunciando uma série de irregularidades, como goteiras, vazamentos, ralos entupidos, muita sujeira e ratos. "Aqui nós parecemos uns vermes, as fezes estão por todos os lados".
Todos afirmam que as compras são superfaturadas e, por isso, o que eles compram com R$ 50 "não dá nem para dois dias". A reportagem já sabe quais são os dois mercados onde são feitas as compras.
Segundo os parentes dos presos, a comida antigamente era boa, mas de um tempo para cá ficou muito ruim. “O feijão é servido azedo, frango cru e com sangue, para forçar nossos parentes a comprar no mercado do parente dele”. A região.